UFN qualifica ensino, priorizando reflexões, práticas e trabalhos de extensão Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
03/03/2020

Texto: Carlos Spall / Jornalista UFN 
Imagens: Mark Braunstein / Fotógrafo UFN

Desde 2018 entrou em vigor novos critérios para avaliação e credenciamento dos cursos de graduação, conforme o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Anísio Teixeira, Inep. O estudo apresenta a qualidade da educação superior, diante de indicadores que levam em consideração a organização didático-pedagógica, corpo docente e tutorial e infraestrutura.

Esse processo de reconhecimento dos cursos dá transparência ao trabalho dos professores e técnicos-administrativos, os quais garantem a qualidade e a manutenção dos cursos, já caracterizados com a excelência de ensino UFN. Esse sistema de metodologias de avaliação, garante que o diploma de graduação da Universidade Franciscana seja um diferencial no mercado de trabalho.

Diante das novas exigências do MEC, os coordenadores de Cursos, juntamente com os demais colegas, agora possuem funções mais específicas, em especial para manutenção constante de um plano de ação, além das perspectivas de aprendizagem. A diretora de Ensino de Graduação, Janilse Nunes, explica que as dimensões Corpo Social, Infraestrutura e Dimensão Didática Pedagógica continuam em primazia de análise, mas, a conexão social e a comprovação prática dos processos de inovação e produção acadêmica precisam ser mais bem explicitadas. 

“O coordenador precisa elaborar um plano de ação das atividades junto com o Núcleo Docente Estruturante, o qual deve ser discutido com os demais professores e aplicado pelo colegiado. A partir daí, o foco é direcionado a aplicação prática com os alunos, diante das evidências que a atividade vai gerar, provocando resultado no ensino, pesquisa ou extensão”, explicou Janilse, apontando que isso é uma mudança radical no sistema de avaliação.

Em termos práticos quer dizer, conforme Nunes, que a atuação de desenvolvimento social e de práticas socioculturais devem estar em consonância com às necessidades da região que a Universidade está inserida. Com isso, a construção do conhecimento deve dialogar com a realidade local e, na medida do possível, é indicado que contemple alguma prática de extensão comunitária. 

“Os avaliadores vão se debruçar na comprovação do trabalho, que pode ser uma entrevista publicada no site ou na TV UFN, ou em uma mídia externa, por exemplo. Em relação ao dia a dia, é importante a documentação das atividades, sendo que qualquer capacitação, produto ou atividade técnica extensionista deve também estar devidamente comprovada no currículo lattes do professor”, pontuou Janilse Nunes.


FOCO NA INTERDISCIPLINARIDADE

Um ponto que precisa estar presente e bem redigido nos planos de ação, são os aspectos da interdisciplinaridade. Assuntos como sustentabilidade, cultura e diversidade devem ganhar destaque nas abordagens de aula, entre os cursos de graduação, preferencialmente, dialogando e refletindo perspectivas práticas e reais do desenvolvimento em comunidade. 

“Quando se apresenta a curricularização da extensão, cada vez mais a voz da sociedade, refletida em ambiência acadêmica tem relevância. O que o avaliador considera é o relato da experiência da extensão, não só o resultado dela, mas o seu processo. Como o que instigou a proposta, se veio responder a uma demanda indicada pela Comissão Própria de Avaliação ou trazida pela sociedade. Tudo deve ser apresentado numa forma de diálogo, em que a construção do conhecimento deve estar expressa de forma clara, não somente os resultados”, explicou Nunes. 

Ainda conforme a professora, todos os cursos possuem o Projeto Integrador, criado para ampliar perspectivas extensionistas, estas devem estar contempladas nos relatórios, em que as práticas diante dos seus processos precisam ser descritas, visando a apresentação da metodologia e da prática. 

SUGESTÕES PONTUAIS AOS PROFESSORES, CONFORME NOVO CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DO MEC:

• Criação de Disciplinas multidisciplinares em língua estrangeira 
• Elaboração e descrição de mecanismos de relacionamentos com os egressos
• Ampliação de evidências de convênios e trabalhos em parceria com setores público, privado e com a comunidade
• Criação de um sistema de acompanhamento das Atividades Complementares de Curricularização 
• Ampliar visibilidade de produções técnicas, artísticas e culturais
• Fortalecer e evidenciar o trabalho coletivo do Núcleo Docente Estruturante
• Ampliação e documentação de aulas dinâmicas e reflexivas


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