09/08/2022
Uma parceria entre a Universidade Franciscana (UFN) e SEBRAE/RS (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) reuniu cerca de 100 pessoas na tarde da última segunda-feira (8), para o Workshop ‘Tendências e análise de cenários’. Além de professores e técnicos-administrativos, o Auditório do Prédio da Reitoria também contou com a presença de convidados externos como o vice-prefeito Rodrigo Décimo e representantes da Agência de Desenvolvimento de Santa Maria (ADESM) e de outras entidades municipais. A atividade deu continuidade ao processo de elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2023-2027 da Universidade.
“Este é um momento de união para percebermos o presente momento através da educação aliada ao empreender econômico. E, para nós que trabalhamos na educação neste setor, o amanhã é hoje!”, evidenciou a professora Iraní Rupolo, Reitora da UFN, ao apresentar a palestra que compartilhou estudos realizados pelo SEBRAE/RS com tendências empreendedoras para o cenário nacional e com ações de projeção para o futuro. E este planejamento estratégico assume um papel fundamental na transformação e inovação social, econômica e cultural de uma sociedade através de cinco visões de futuro do Rio Grande do Sul como possibilidades de inspiração para empreendedores a sonharem com essas transformações.
Para falar a respeito destes mapeamentos e olhares estratégicos voltado ao empreendedorismo, o palestrante Anderson Penha, que é sócio da Symnetics e Consultor SEBRAE, trouxe ações de engajamento e transformação de cenários que apontam as formas de agir que, em breve, serão inseridas no contexto diário de todos. Anderson, que é também é cocriador do Pitch Fights e empreendedor social Cofundador da CasaSETE uma residência artística-criativa no ABC Paulista, com intuito de contribuir na transformação da região, apresentou projeções que irão como:
* ‘Estado Figital’ - Programa de investimento em cidades e cidadãos digitais.
* ‘Meu bairro, nossa região e outros metalugares’ - As microregiões ganham relevância internacional atraindo novas culturas e ampliando horizontes territoriais.
* ‘Orquestrando (Ego) Ecossistemas’ - Coalizão de agentes das 4 hélices impulsionam o desenvolvimento do estado.
* ‘Trabalhos, não empregos!’ - Novas economias atraem jovens empreendedores ao Estado.
* ‘Era Empreendivista’ - A inovação passa a ter seu valor percebido pela sociedade gaúcha em 2035.
A partir da ideia de que o futuro é uma construção coletiva, a pesquisa realizou sondagens em 1300 pessoas de nove regionais do SEBRAE/RS aliada a seis entrevistas com especialistas, envolvendo a participação de representantes comerciais e industriais, prefeituras, secretarias de desenvolvimento, universidades, bancos, entidades do agronegócio, startups e empreendedores locais. Neste projeto, visões possíveis e tangíveis para o futuro do empreendedorismo do estado do Rio Grande do Sul para as próximas décadas do século XXI.
O movimento Visões de Futuro mapeou 10 tendências guiado pelo seguinte questionamento ‘Quais movimentos, comportamentos, tecnologias e códigos culturais emergentes podem ser inspiradores para o desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Sul, impulsionando a inovação e o empreendedorismo no estado?”': Ascensão do bem-estar e novos olhares para a saúde; Erosão social e institucional; Remodelagem do cotidiano e da vida; Digitalização da economia e a revolução dos dados; Capitalismo Regenerativo; Revisão do sistema de educação e aprendizado; Produção criativa, autoral e de nicho; Sociedade redesenhada; Convergência Tecnológica; Ressignificação do trabalho e a reinvenção do emprego.
Impactos possíveis e transformações que podem ocorrer no Rio Grande do Sul a partir da concretização das visões de futuro: novas economias representariam 20% do PIB do Estado; MEIs e empreendedores sociais sairiam da invisibilidade; na educação 30% da população teria qualificação técnica de alto nível; crescimento de 50% de compras públicas municipais com pequenos negócios inovadores e o empreendedorismo atingiria 100% dos jovens. E este futuro próximo gaúcha estaria em consonância com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Social (ODS) estabelecidos pela União das Nações Unidas (ONU).
Texto: Márcia Pilar/Jornalista
Fotos: Gabriela Neto/Estagiária de Jornalismo