Curso de Fisioterapia apresenta ampla demanda de atividades práticas Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
01/08/2019

Texto: Giulimar Machado
Imagem: Mark Braunstein / Giulimar Machado

O Curso de Fisioterapia da Universidade Franciscana possibilita ao estudante de graduação vivenciar experiências em diferentes áreas de trabalho, desde a sua entrada no curso. Já a partir do primeiro semestre as experiências extraclasse começam a se desenvolver.

As aulas demonstrativas e práticas são realizadas no Laboratório de Ensino Prático da UFN, onde ocorrem os atendimentos de solo e terapia aquática; no Hospital Casa de Saúde, na área pediátrica; e no Esporte Clube Internacional de Santa Maria, com atendimentos a adolescentes que fazem parte da equipe juvenil de futebol.

As etapas do trabalho de extensão, que são conhecidas por módulos, correspondem às diferentes áreas em que os alunos devem passar até chegar ao final da graduação. Essas etapas são divididas em: saúde da mulher, criança, adolescente, adultos e envelhecimento.

A disciplina de Fisioterapia e Saúde da Criança e do Adolescente tem como objetivo proporcionar a construção do conhecimento em saúde da criança e do adolescente, de acordo com os eixos norteadores do processo formativo vigente, em nível de complexidade crescente, baseado no conceito técnico-cientifico e na realidade social na qual os alunos estão inseridos.

As atividades propostas ao longo da disciplina buscam desenvolver a habilidade e a competência no aluno, visando a formação de profissionais éticos e mais humanos dentro do contexto da infância e do adolescente. A experiência na disciplina proporciona ao acadêmico a construção de um conhecimento sólido, baseado em vivências nas quais se pode desenvolver a sua prática pela teoria, desenvolvendo a autocritica, a autonomia e a criatividade na atenção à saúde das crianças e adolescentes atendidos.

Com isso, a disciplina faz com que os alunos passem a vivenciar a experiência de mercado, proporcionando a prática extensionista que está relacionada à saúde destas faixas etárias. O procedimento realizado para construção das atividades é feito através de aulas teórico-expositivas e dialogais. Os alunos recebem a orientação de desenvolver uma metodologia ativa para a aplicação dos conhecimentos.




Hospital Casa de Saúde

Os atendimentos realizados no hospital são destinados a pediatria. As crianças são encaminhadas via emergência da Unidade Pronto Atendimento, UPA e do PA do Patronato e são encaminhadas para a Pediatria Pequeno Príncipe, no Hospital Casa de Saúde.

As orientações teóricas e práticas são realizadas pelos professores Tiago Jose Nardi Gomes e Vivian da Pieve Antunes, que acompanham os procedimentos realizados pelos alunos, que variam entre diferentes técnicas manuais, até a aspiração de secreções. A consulta busca atender crianças, desde recém-nascidas, até 14 anos de idade, com pneumonia, asma, bronquite, sinusite, entre outras doenças respiratórias.

A Fisioterapia respiratória é caracterizada como um conjunto de técnicas realizadas com o objetivo de prevenir e recuperar disfunções referentes aos processos de respiração do ser humano, promovendo assim a máxima funcionalidade e qualidade de vida para as pessoas que sofrem com disfunções respiratórias.

“A fisioterapia da UFN tem o foco de trazer o aluno para o campo de prática desde a sua entrada no curso. Isso mostra a evolução que o aluno consegue atingir até o final da graduação, através do ganho de experiência, a sua adaptação às diversas situações, o saber dialogar com o paciente e seus acompanhantes, que nessa unidade são as mães”, explica a docente Vivian da Pieve.

O professor Tiago Nardi acredita que o campo da Fisioterapia Respiratória Pediátrica Neonatal é de extrema importância para o crescimento profissional do aluno. A área de atuação vem ganhando cada vez mais espaços, e com isso, muitos alunos formandos acabam procurando os professores para lhes aconselharem na procura de especializações na área para poderem participar de concursos.

“Os alunos vivenciam uma experiência diferente no hospital. Alcançam uma maturidade muito rápida e, principalmente, trabalham de forma coletiva, trocando ideias com os colegas e professores”, avalia Tiago.




LEP Solo e Terapia Aquática

Os atendimentos realizados no Solo e na Água são efetivados em conjuntos, em crianças e adolescentes que apresentam patologias neurológicas ou patologias neuro-traumato.

Os pacientes que procuram os atendimentos entram em uma lista de espera que se renova a cada semestre e passam por uma avaliação. As crianças e adolescentes que entram para a lista dos atendimentos, são encaminhadas por médicos e a cada semestre, os dois grupos procuram realizar todos os atendimentos, procurando reduzir o número da lista ou até zerando os atendimentos.

O atendimento não é destinado somente às crianças e adolescentes de Santa Maria, mas também para outras regiões próximas, sendo que o transporte fica a cargo de seus responsáveis, que recebem o conselho de procurarem ajuda através das suas prefeituras locais. As consultas realizadas não são oferecidas gratuitamente, mas custam um valor simbólico de R$ 5 por consulta, e a triagem custa R$10.

Os responsáveis têm de se comprometer com a presença das crianças e adolescentes para a realização das atividades, pois como a procura pelos atendimentos é grande, se o paciente excede o número de faltas, o seu lugar é destinado para outro, e o seu nome retorna para o final da fila de espera.




Terapia de Solo

A Terapia no Solo tem a orientação das professoras Larissa Gasparrini da Rocha e Juliana Saibt Martins. O tratamento fisioterapêutico no solo é baseado no conceito Neuroevolutivo Bobath, que faz uma abordagem terapêutica de solução de problemas para avaliação e tratamento de indivíduos com distúrbios de função do movimento e tônus muscular.

O objetivo da terapia é que o indivíduo aprenda a mover-se independentemente, com o conceito de que ocorra uma modificação dos padrões de tônus postural anormal e a facilitação de padrões motores mais normais, preparando uma maior variedade de habilidades funcionais.

“É importante que o aluno aprenda as técnicas do solo. O atendimento a uma criança é diferente, possui uma responsabilidade maior. E realizar esse acolhimento traz um amadurecimento profissional”, comenta Larissa Gasparini.

O tratamento realizado pelos alunos, orientados pelas professoras, reforça a importância da fisioterapia pediátrica, onde o mercado nessa área passa por uma reformulação.

“A fisioterapia pediátrica é um mercado muito amplo, e acontece muito durante esse período da graduação, de muitos alunos já saberem ou imaginarem que caminho pretendem seguir. Mas quando começam a realizar os atendimentos, eles começam a enxergar a fisioterapia pediátrica de uma forma diferente ao verem os resultados e a evolução dos pacientes”, observa Juliana Saibt.




Terapia Aquática

A Terapia Aquática é uma atividade terapêutica que consiste em utilizar os recursos de uma piscina preparada especificamente para este fim, com medidas, profundidade, temperatura e ambiente externo. O tratamento ajuda os pacientes a realizarem seus exercícios com mais facilidade do que no solo. Os alunos, orientados pela professora Nathaly Marin Hernandez, fazem a realização dos atendimentos.

A água auxilia no exercício promovendo uma reabilitação prazerosa e sem dor. É um recurso que utiliza exercícios terapêuticos e métodos específicos em piscina aquecida para tratar diversos tipos de patologias nas áreas da ortopedia, reumatologia, oncologia, neurologia, cardiorrespiratória, desportiva, geriatria e pediatria.

O tratamento é individualizado e tem o objetivo de prevenir doenças, promover e manter a saúde, curar, tratar e reabilitar as alterações funcionais.

“É importante o aluno passar por todos os campos, pois isso o faz ter uma visão diferente da profissão. Passar pela hidro, no atendimento a crianças, adolescentes, adultos e no envelhecimento, já cria uma experiência para poder atuar na área, de saber como lidar com o paciente dentro da água. Isso faz com que o aluno tenha um amadurecimento profissional”, avalia Nathaly.




Fisioterapia Esportiva no Esporte Clube Internacional de Santa Maria

As atividades realizadas em atletas tem sido um papel fundamental do profissional de fisioterapia na prevenção de lesões, assim como na resolução dos problemas mais comuns que afetam atletas de auto rendimento, contribuindo para a redução do tempo de tratamento e retorno mais rápido aos campos.

A Fisioterapia Esportiva busca a reabilitação, prevenção e atenção aos atletas, e de qualquer paciente que pratique alguma atividade física e que tenha pretensões de retornar ao exercício de forma segura.
Os alunos que passam por esse módulo, recebem a orientação da professora Jaqueline Biazus, e buscam auxiliar os atletas da equipe juvenil do Inter-SM a realiarem suas agilidades em alto nível de forma segura.

As atividades realizadas buscam auxiliar na força, rapidez, resistência, flexibilidade, equilíbrio e agilidade. Além disso, busca observar e entender o movimento humano esportivo para prevenção de lesões e a melhoria do desempenho e da longevidade do atleta.

A prática da Fisioterapia Esportiva ajuda os alunos a entrarem em uma área de conhecimento muito diferente do que é apresentado dentro da sala de aula, e dos laboratórios. O crescimento dos praticantes de esportes nos dias de hoje, faz com que fique mais fácil requisitar um profissional de fisioterapia esportiva, já que hoje existe uma maior demanda por esse tipo de profissional.

“Os alunos quando chegam nessa área, acabam percebendo que a fisioterapia não é só tratar lesões, e sim a forma de fazer exercícios, de observar a musculatura e ter resultados em termos de prevenções. Essa é a oportunidade de ver quando acontece, ver a lesão de forma imediata, e ter um raciocino rápido no que tem que fazer. Esse é o momento de o aluno lembrar o que foi aprendido na sala de aula, organizar os procedimentos fisioterapêuticos imediatos e saber como conduzir o atleta”, explica Jaqueline Biazus.

A aluna do Curso de Fisioterapia, Maria Victoria da Rosa, ressalta a importância da prática e de poder realizar atividades com atletas, já que essa é uma área diferente. “O trabalho realizado com atletas de alta performance é muito importante, não só para nós que estamos praticando os nossos conhecimentos, mas para eles, que acabam conseguindo ter um rendimento cada vez maior, evitando lesões”, avalia.

A disciplina de Fisioterapia e a Saúde da Criança e do Adolescente está localizada no 6º semestre. A turma que realiza a disciplina conta com cerca de 30 alunos, que são divididos em grupos que passam por cada campo, realizando 7 encontros, duas vezes por semana.


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