Egressa da segunda turma de Nutrição da Universidade Franciscana (UFN), Vanessa Ramos Kirsten, tem Especialização em Nutrição Clínica Ênfase em Adulto, Especialização em Alimentos e Nutrição na atenção Básica, Mestrado em Medicina e Ciências da Saúde, e Doutorado em Saúde da Criança e do Adolescente. Foi docente da UFN no ano de 2005. Reside atualmente em Palmeira das Missões/ RS, onde atua como professora pela Universidade Federal de Santa Maria.
Trabalhar na área da saúde sempre foi um sonho. No Ensino Médio, a decisão era entre os cursos de enfermagem e nutrição. Mas a escolha da sua futura profissão se tornou realidade a partir da aprovação no Curso de Nutrição do então Centro Universitário Franciscano.
Alcançar a formação no ensino superior foi muito importante para Vanessa, pois se tornava a primeira pessoa da sua família a ter ensino superior. Assim, seu sonho e de seu pai, porque quem tanto expressa gratidão, tornaram-se realidade. Nessas linhas, conheça uma pouco mais da egressa nutricionista, agora doutora, Vanessa Ramos Kirsten.
Como surgiu a escolha da profissão?
Vanessa: Na época da antiga Unifra só tinha nutrição e enfermagem na área da saúde. Então acabei escolhendo nutrição por acaso, e foi algo maravilhoso, porque me senti realizada e vi que o curso trazia muito mais do que eu imaginava.
Você lembra do ano de graduação? E qual foi a sensação de estar formada?
Vanessa: Sim, me formei em janeiro de 2003. Foi uma sensação incrível. Eu fui uma das primeiras pessoas da minha família a ter ensino superior, e ao mesmo tempo, meu pai lutou muito para que eu conseguisse concluir o ensino superior. Foi uma sensação de conquista pessoal e familiar de poder conseguir se formar no pais onde poucas pessoas conseguiam realizar este sonho naquela época.
“A minha motivação para ser professora aconteceu após a graduação. A UFN me abriu as portas, mesmo eu sendo muito jovem para ser docente dentro da universidade”.
A Universidade Franciscana abriu muitas portas para você?
Vanessa: Como fui da segunda turma de nutrição, e o curso estava em crescimento, as atividades de pesquisa e extensão ainda estavam começando. Mas isso foi extremamente importante porque tanto os alunos da primeira turma, como os da segunda turma se sentiram responsáveis pelo crescimento do curso, pela ampliação da visão da nutrição em Santa Maria. Na época era o único curso da cidade. E a universidade, os alunos, os professores fizeram um movimento muito forte para que as portas fossem abertas, nos campos das pesquisas, estágios e atividades extracurriculares, foi algo muito gratificante e coletivo.
Quais lembranças você tem da época de graduação, dos professores, colegas, laboratório e projetos?
Vanessa: Tenho lembranças muito boas da graduação, minha turma era muito unida, fiz amigos que cultivo até hoje. Os professores foram muito importantes e são referências até hoje, de forma pessoal e profissional. Os laboratórios e a estrutura da universidade sempre foram inovadores e de alta qualidade. Fui monitora do laboratório de Bromatologia (estuda a ciência dos alimentos) e lembro do encantamento ao ver as funções alimentares.
“Tenho lembranças muito boas da graduação, minha turma era muito unida, fiz amigos que cultivo até hoje. Os professores foram muito importantes e são referências até hoje, tanto como pessoal e profissional”.
Após concluir a graduação, quais áreas você atuou no mercado, até chegar a escolha de querer ser professora?
Vanessa: Atuei como nutricionista de restaurante comercial e de hotéis. Trabalhei como colaboradora da FATEC (Fundação de apoio à Tecnologia e Ciência) da Universidade Federal de Santa Maria, com os cursos de aperfeiçoamento. Durante o mestrado fui colaboradora nos ambulatórios do Hospital São Lucas da PUCRS, atendendo gestantes. Ainda no mestrado, tive atuação em laboratórios com animais de experimentação, e logo após o mestrado entrei como docente. Em agosto de 2005 comecei como professora na Universidade Franciscana.
O que motivou você a ser professora?
Vanessa: Fiz uma especialização e as matérias que tive me brilharam os olhos. A especialização me abriu portas para o mestrado, então dentro da pós-graduação me ergueu a vontade de ser professora. Mas gostaria de lembrar o quanto foi importante a UFN. Me abriu as portas, mesmo eu sendo muito jovem para ser docente dentro da universidade. Agradeço muito até hoje a coordenadora da época Marizete Oliveira e a professora e excelentíssima Reitora Iraní Rupolo, por acreditarem no meu potencial. E principalmente para que eu pudesse contribuir para a melhoria do curso. A UFN tem o potencial de acreditar nos seus egressos.
“A Universidade Franciscana tem o potencial de acreditar nos seus egressos”.
Hoje, além de ser professora, você tem outro projeto?
Vanessa: Tenho dedicação exclusiva como docente, mas tenho uma atuação muito forte como pesquisadora. Atualmente tenho dois projetos financiados pela Agência de Fomentos, um projeto financiado pela Fapergs, uma continuação do meu doutorado. Esse projeto realizado gerou frutos para um projeto de mestrado, no qual sou coorientadora. O outro projeto financiado pela Agência de Fomentos, envolve vários municípios que iremos qualificar as cantinas escolares para se tornarem saudáveis. Os meus projetos e linha de atuação são todas vinculadas as atividades universitárias de ensino, pesquisa e extensão.
Quando entrou na instituição, você já imaginava que hoje estaria novamente dentro da sala de aula, só que agora repassando os conhecimentos adquiridos na graduação para os alunos?
Vanessa: Quando entrei na graduação, não imagina em ser professora. Na época a minha grande vontade era de ser nutricionista de hospital. E o que realmente marcou a minha carreira, foram as possibilidades expostas na minha frente.
Após 16 anos de graduação, com uma visão mais experiente do que é a nutrição e de como é o mercado, que conselho você gostaria de passar para os novos alunos, que estão entrando no curso?
Vanessa: O conselho que posso passar para os novos alunos é explorar a universidade, ela pode proporcionar muitas oportunidades, um mundo novo. Mas este mundo novo e as possibilidades não caem no nosso colo, o calouro tem que ser proativo, tem que bater na porta da sala professor, olhar o currículo do professor para ver qual área chama mais a sua atenção, se disponibilizar a participar de projetos, eventos e todas as ações curriculares e extracurriculares. Assim o aluno consegue criar uma rede de network incrível que o fortalece sua atuação profissional, e consequentemente sua inserção no mercado de trabalho.