UFN sediou o Fórum Cidades Educadoras pautado na educação e desenvolvimento regional Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
06/04/2023

O ‘Fórum Cidades Educadoras: Desafios e Possibilidades’ foi realizado nos dias 4 e 5 de abril, na Universidade Franciscana (UFN). O evento reuniu acadêmicos, professores e gestores de todo o Rio Grande do Sul no 10º andar do Prédio 17 do Conjunto III. Foram discutidos os desafios e as possibilidades de implementar espaços urbanos que tem a educação como grande estratégia de desenvolvimento municipal e regional.

“Estamos trazendo para dentro da Universidade, trabalhando com as localidades que estão se organizando em função da educação. Muitos municípios tem o interesse em se tornarem parte dessa rede internacional de localidades”, explica a professora Solange Binotto Fagan, vice-reitora da UFN. Ela também relata trazer este projeto para ser trabalhado com a Universidade, fazendo uma ação em conjunto com pesquisadores da UFN e pessoas de prefeituras de municípios que já têm essa certificação, para tornar Santa Maria uma Cidade Educadora. Desta forma há a possibilidade de transformar a localidade em uma sociedade melhor para os estudantes e para os habitantes.

Durante o primeiro dia, terça-feira, ocorreu uma cerimônia de abertura e uma conferência com o tema ‘O que são Cidades Educadoras? Abrindo a carta das Cidades Educadoras’. Já na quarta-feira (05) houveram três palestras com os temas: ‘Cidades Educadoras na prática: Experiências e desafios’, com a participação de representantes dos municípios de Curitiba (PR), Passo Fundo, Soledade e Camargo; ‘Cidades Educadoras e desenvolvimento regional: A educação como insumo para a inovação’, ministrada pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS), SEBRAE, Parque Tecnológico e UFN; e para concluir uma conversa com o professores Marcio Tascheto, da UFN, e com Itamar Baptista Chagas, coordenador técnico da educação da FAMURS , ‘Cidades Educadoras não é um PRÊMIO! Queremos assumir esse compromisso?’.

O Fórum contou com a participação do Presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS) e prefeito de Restinga Seca, Paulo Ricardo Salerno; da reitora UFN, professora Iraní Rupolo; do Superintendente Regional do Banrisul Fronteira, Jenio Galon; da representante da Universidade de Passo Fundo (UPF), Adriana Bragagnolo; do Diretor Geral da Secretaria da Educação do Estado, professor Paulo Burmann; do prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom; do presidente da Câmara de Vereadores, vereador Givago Ribeiro. A Diretora da Delegação Cidades Educadoras da América Latina (AICE), Laura Alfonso, e a Secretária Municipal de Educação de Curitiba e coordenadora da Rede Brasileira de Cidades Educadoras (REBRACE), professora Maria Sílvia Bacila, participaram de forma remota.

A Reitora da UFN, professora Iraní Rupolo, comenta que: “Tem um aspecto que eu digo muitas vezes na Universidade, as modificações, as transformações, somente podem acontecer a partir do micro, dos estudantes, dos professores, de um ambiente de estudos, posteriormente no curso de uma área do conhecimento. Mas é como quando se joga a pedrinha na água e faz os círculos se abrirem, se fizermos o caminho inverso concêntrico para a individualidade, não se acham possibilidades. É o abrir que torna os municípios mais comunicativos e educadores”. Para ela, a rigor, Cidades Educadoras são as localidades em que tem no lugar em que ocupam organizações públicas ou privadas, que tem o entusiasmo pelo bem das pessoas e da coletividade. A Reitora também observa que tem há possibilidade de redes, em uma que já está posta par quem quiser integrar-se, “é o movimento que a partir de nós uns para os outros, fará estes municípios educadores e educados, e para isso nós temos pessoas e investimentos”. Laura Alfonso, diretora da AICE, comenta que esse é um debate pois possibilita trabalhar nestes lugares cada um com o seu dever, desde as Prefeituras, as Universidades, as organizações de associações civis, para trabalhar de uma forma que façam as pessoas que habitam esta cidade viverem melhor. Ela explica que através da educação podemos melhorar o ensino de maneira ampla neste ambiente.

O presidente da FAMURS e prefeito de Restinga Seca, Paulo Ricardo Salerno, ressalta que: “Quando assumimos no ano passado, nos comprometemos em expandir o número de municípios inseridos neste projeto no Rio Grande do Sul. Quando falamos em Cidades Educadoras logo vem à mente falar só em educação propriamente dita, mas é toda uma rede articulada que procura trabalhar a questão da educação, da cultura, dos diversos atores e das questões integradas aos municípios”. O presidente também fala sobre o objetivo de trabalhar o tema, desmistificar e mostrar como a ação realmente funciona. “E como Santa Maria vinha trabalhando essa pauta e a UFN também aborda o tema, então acabamos decidindo que deveríamos trabalhar essa questão na cidade, pois tem uma importância não só para a região central, mas para o estado do Rio Grande do Sul, em questão histórica”, complementa.

O projeto Cidades Educadoras começou em 1990, com base no I Congresso Internacional de Cidades Educadoras, realizado em Barcelona. Era formado por um grupo de municípios representadas por seus governos locais, pactuou o objetivo comum de trabalhar juntas em projetos e atividades para melhorar a qualidade de vida os habitantes, a partir da sua participação ativa na utilização e evolução da própria cidade e de acordo com a carta aprovada das Cidades Educadoras. Tem como princípios trabalhar a escola como espaço comunitário e a cidade como grande espaço educador. Serve também para aprendizado com a cidade e com as pessoas e valoriza o aprendizado vivencial ao priorizar a formação de valores.


Texto/Fotos: Vitória Oliveira/Estagiária de Jornalismo



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