15/08/2019
Texto: Thayane Rodrigues
Os cursos da área da saúde da Universidade Franciscana se reuniram no Salão de Atos do conjunto I da IES na tarde de quarta-feira, 14 de agosto, para a Aula Inaugural Interdisciplinar 2019/2. Estiveram presentes professores e acadêmicos de Enfermagem, Fisioterapia, Farmácia, Biomedicina, Odontologia, Psicologia e Nutrição. A atividade de recepção aos calouros trouxe a psicóloga Mariana Kristoch dos Santos para falar sobre saúde mental no universo acadêmico.
De acordo com a professora Morgana Christmann, do Curso de Fisioterapia, e da comissão organizadora da atividade, os votos são de um semestre rico em conhecimento e felicidade. “Pensando nisso, promovemos esse momento de integração e interdisciplinaridade, pois são metodologias de ensino que vai estar presente na rotina dos alunos durante a graduação, e é uma característica que a gente espera que faça parte dos profissionais que aqui se formam”, revelou.
A aula inaugural contou com a presença do grupo de percussão “A Toque de Caixa”, integrado por crianças e adolescentes, alunos do Centro de Desenvolvimento Comunitário Estação dos Ventos.
“É preciso falar de saúde mental”
A psicóloga convidada para a atividade de acolhimento, Mariana Kristoch dos Santos, já foi residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental da UFN e retornou à instituição para a conversa “Reflexões sobre saúde mental e o universo acadêmico”. Ela afirma que a saúde mental está banalizada, pois há o pensamento comum de que se as coisas estão acontecendo, mesmo que com alguns problemas percalços, ainda sim, está tudo bem.
“Falar sobre saúde mental não é coisa de louco. Ingressar no ensino superior nos proporciona muitas realizações e crescimento pessoal, mas, ao mesmo tempo, também é um momento que pode ser muito pesado para alguns. O problema é que o adoecimento mental no meio acadêmico é um assunto velado, e cada vez mais ele tem sido naturalizado em alguns casos, e isso é perigoso”, ressaltou.
Para a psicóloga, “saúde mental” não diz respeito somente ao estar doente, mas envolve também o físico e o social. Mariana defende que falar sobre o assunto é um incentivo para cada um parar, olhar para si e analisar sobre o que se está pensando, as reações fisiológicas do próprio corpo e como cada um é afetado pelas suas relações pessoais, pois tudo faz parte do todo que compõe uma boa saúde mental.
Mariana também revelou aos acadêmicos que é preciso ter motivação, planos e expectativas, apesar dos problemas. “Quem está passando por um momento complicado deve lembrar de insistir nos planos que se tem. Isso se chama ter resiliência, é algo que todos nós temos, uma vontade e força extraordinária para superar esses obstáculos. Em muitos casos, ajuda ter uma rede de apoio nesses momentos, e não se tratam apenas de profissionais, mas aquela pessoa que você sabe que pode contar, pedir orientação”, afirma.
A professora e organizadora da atividade, Simone Pippi Antoniazzi, lembra que o segundo semestre letivo costuma ser uma época mais cansativa, pois os acadêmicos retornam às aulas sobrecarregados pelo semestre anterior, em função disso, momentos de descontração como estes são importantes para que os alunos possam recomeçar um novo semestre um pouco mais inspirados e motivados.